Por John Paul
Após 02 anos inventei de ir à capital potiguar. Desta vez
fui com meu pai. A história desta postagem começa quando lá no Alecrim subimos
no ônibus da linha 38 que por sinal já estava lotado então fomos no imprensado
e em pé e depois de muita espera todos sobem e seguimos viagem. Em um
determinado ponto sobem 02 senhores idosos pela porta de saída, e ficaram um
pouco perto de mim. Minutos depois uma mulher que aparentava seus 30 e poucos
anos que sentada numa cadeira depois da porta traseira me chama, estranhei logo,
então é aí que o título acima começa a fazer sentido.
Esta mulher pede para eu chamar um dos senhores que tinham
subido minutos antes. Chamei o senhor pensando ser algum parente ou conhecido
desta mulher, só que não, ela o chamou para sentar no lugar dela, pois ela
estava alegando que ia descer no próximo ponto. Fui Assalto! Essa mulher me
roubou, roubou o meu preconceito de que em capital “Ninguém é de ninguém”.
Fiquei pensando de como pode numa capital com mais Meio milhão de habitantes
que vivem numa correria grande ainda se lembrem de ter atitudes como estas?!
Mas não pára por aí caríssimos leitores, o homem sentou na
cadeira, a mulher desceu no próximo ponto e o busão seguiu caminho. Após alguns
minutos o meu pai já tinha conseguido um lugar para sentar, e mais alguns
minutos sobem duas senhoras baixinhas com várias sacolas. Uma menina que
aproximadamente 10 anos que estava sentada do lado do meu pai pede para chamar
uma das senhoras para sentar, pois a menina alegava que ia descer no próximo
ponto. O próximo ponto não era o nosso, mas meu pai no mesmo instante deu lugar
a outra senhora. Parecia que a atitude daquela mulher contagiou quem estava
naquele ônibus para repetirem aquela boa ação ou já é cultura do povo natalense.
Cresci com minha mãe falando uma certa tese sobre a capital
potiguar: “Em Natal ninguém é de ninguém”. Ela dizia isso porque em capital
tudo é correria e devido a isso, ninguém tempo para reparar na pessoa que está
do teu lado. Porém, depois desta situação que testemunhei, essa tese começa a
perder sua veracidade.
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