"Giro Bike: No elefante pelo clima" passou em Currais Novos

Por John Paul

No dia 16 de Setembro 5 ciclistas saíram de natal  para fazer o Giro Bike - No elefante pelo clima. O evento organizado pela ONG Baobá tinha o objetivo de rodar 1200km por todo o estado do Rio Grande do Norte no intuito de chamar a atenção das mudanças climáticas e que inspirem as pessoas a realizar transformações e mudanças propositivas pela Terra.

Aqui no Seridó eles iriam pernoitar em Caicó no dia 18 e no dia 19 iriam passar por Currais Novos e pernoitar em Santa Cruz. Porém devidos uns imprevistos a viagem atrasou 1 dia.

No dia 20 eles saíram de Caicó. Liguei para o André Medeiros, um dos participantes , que informou que iriam almoçar em Acari. 

Chamei meu pai (Zito) e fomos ao encontro dos caras. Passava das 2 da tarde quando pegamos a BR com um sol quente que só a bexiga batendo de frente com a gente. Com 15 km, paramos para descansar um pouco, não tava aguentando essa lua. Aproveitei e liguei novamente para o André, ele nos informou que o grupo se preparava para sair, mas o Haroldo já foi adiantando.

Pensei logo: "Pronto! a gente pega o Haroldo daqui a pouco e o grupo encontramos lá na serra".  Botamos pra moer, mas nada do Haroldo aparecer na estrada. Chegamos no alto da serra do Acari, mas nada de ciclistas. 

Pai queria logo descer a serra, eu morrendo de preguiça de subir essa serra quis ficar. Passados uns 15min Haroldo aparece. Ele disse que saiu na frente porque tava com o joelho estourado e queria descansar na entrada de Currais e que o grupo vinha mais atrás porque um dos caras esqueceu um roupa e voltou pa buscar. Haroldo seguiu viagem e disse que nos esperássemos no Atacadão.

No fim das contas, eu e pai fomos atrás dos caras. Descemos a primeira serra e nada. Quando subimos a ladeirinha e fizemos a curva para descer a segunda serra aparece Moab e Richard. Eles seguiram viagem e a gente foi atrás dos outros. quando começamos a descer avistamos o Kleiton e o André.

Começamos a seguir viagem. Vento batendo nos peitos o caminho todo e juntando com o peso da bagagem e o desgaste da viagem, deu para imaginar o quão o ciclismo é um esporte sofrido. Só para ter uma ideia, ao acompanhar o Moab, já gente ia a 15km/h.

Aproveitei o trecho para ouvir atentamente as histórias do André Medeiros sobre a volta de Santumé, e suas aventuras pelo mundo a fora. Também ouvi atentamente as histórias do Moab de bike pelas zorópa com sua esposa Jac. E pelo que escutei, acho que todo ciclista merecia morar por lá.

Chegamos na Mina Acauã e o pessoal tinha parado. André encontrou o Geovamar Brito lá de Caicó e logo em seguida o professor Hipólito primo do André vinha chegando na mina e veio até nós.  Com pouco tempo o Kleiton e Moab seguiram viagem e logo depois eu fui. Chegando na entrada da Mina Brejuí outra parada para fotos. 

Eram quase 6 da noite quando chegamos no atacadão e o Haroldo já nos aguardava. Moab sugeriu irmos lá pra lanchonete do Zezinho tomar um açaí. Já que lá só baixa ciclista, então nao existia um lugar melhor. Enquanto a galera seguia pra lá, eu, Haroldo e André seguimos para a Sidy's TV para uma rápida reportagem.

Chegando lá em Zezinho e a galera já tava batendo tigela no açaí. Nos juntamos a resenha. enquanto o Kleiton, Richard e Moab se deleciavam no açaí, o Haroldo a todo momento no telefone providenciando a estadia em Santa Cruz. Olho para outro lado alguns ciclistas a paisanos, que todo dia batem no ponto lá em Zezinho, participavam atentamente da palestra sobre ciclismo que o André iniciou ali mesmo.

Foto: Joana Pires

Foto: Joana Pires


Passamos mais de 1 hora por lá, a resenha parecia não ter fim. Já eram quase 8 da noite quando saímos de lá. Pegamos a BR226 e seguimos até a saída da cidade. fizemos uma foto no pórtico da cidade para registrar a passagem pelos currais. Depois a galera subiu rumo a santa Cruz.

O final desta viagem foi na quarta-feira(23) em Natal. Já em casa, alguns ciclistas já começaram a relatar as experiências vividas nesta aventura, como a escassez de água que foi vista de perto por eles em quase todo o estado.

Um comentário que me chamou muio a atenção foi o do Moab que disse que após esta experiência descobriu que pode viver sem qualquer tipo de tecnologia e outros luxos, porém não pode viver sem água.

Outro comentário que me chamou a atenção foi do Anderson Kleiton postou em seu Facebook sobre a experiência vivida "Quando a última árvore cair, quando o último rio secar, quando o último peixe for pescado, vocês verão que dinheiro não se COME!".

Bom, esses caras ae fizeram sua parte, rodaram o estado de bike para chamar nos chamar a atenção das mudanças climáticas que estão ocorrendo ao nosso redor e às vezes nem nos damos conta.

Que tal parar um pouco e começar a olhar ao redor e ver o que podemos fazer para salvar o planeta?

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